“Regulamento de Execução (UE) ) 2023/267 da Comissão de 8 de fevereiro de 2023, que autoriza a colocação no mercado de nozes secas de Canarium ovatum Engl. como alimento tradicional de um país terceiro e que altera o Regulamento de Execução (UE) 2017/2470.”
Foi autorizada pela Comissão Europeia a utilização do alimento tradicional de um país terceiro designado por: “nozes secas de Canarium ovatum Engl”, para poderem ser consumidas pela população em geral.
Estas nozes, têm um historial para finalidade alimentar segura, nas Filipinas, estas nozes secas não torradas de Canarium ovatum Engl. São conhecidas por nozes-pili.
As nozes-pili são produzidas apenas por plantas de Canarium ovatum Engl., variedades Laysa, Magnaye, M. Orolfo, Lanuza e Magayon, e podem ser colocadas no mercado com ou sem casca. Sendo a amêndoa a parte comestível da noz.
A rotulagem dos géneros alimentícios que contenham nozes secas de Canarium ovatum Engl. deve conter uma referência a indicar que as nozes secas de Canarium ovatum Engl. podem causar reações alérgicas aos consumidores com alergias conhecidas aos cajus e às nozes-comuns. Esta alusão deve figurar o mais próximo possível da lista de ingredientes ou, na ausência de uma lista de ingredientes, o mais próximo possível do nome do género alimentício.

Canarium ovatum / noz-pili
Designação
Excelente noz de sabor adocicado, que quando torrada apresenta aroma amendoado, com textura tenra e crocante, sendo considerada de qualidade superior à da amêndoa (Prunus dulcis). Em termos nutritivos, contém 70% de matéria graxa, 11% de proteína e 9% de carboidratos, além de possuir alto teor de cálcio, fósforo e potássio.
A árvore atinge porte grande (mais de 20 m), podendo entretanto ser mantida mais baixo por meio de poda no ramo apical, passando a exibir galhos laterais.
Usos: A noz é muito comercializada no Sudeste Asiático, sendo consumida ao natural, torrada e salgada, e em diversos preparos culinários, tais como gelados, bolos, leite de noz etc. A polpa do fruto (de superfície negra e interior amarelo-esverdeado) é rica em óleo e tem sabor semelhante ao do abacate, sendo utilizado de modo similar. Da semente extrai-se um óleo amarelo-claro, doce, de ótima qualidade culinária; é comparável ao azeite de oliveira, contendo até 59% de glicerídeos oleicos e c. 45% de glicerídeos palmíticos. As folhas jovens podem ser consumidas em saladas.
Cultivo: Planta de grande rusticidade em climas tropicais e subtropicais, cultivada a sol pleno e em terrenos férteis.
Apesar de vegetar em solos bem drenados na Natureza, adapta-se bem a solos húmidos ou com leve encharcamento. Benefícia amplamente de uma boa adubação, desenvolvendo-se relativamente rápido.
Origem: Sudeste Asiático, principalmente nas Filipinas e na Malásia.
Família: Burseraceae
